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Via: Portal Luneta
Entendemos por “folclore” tudo o que constrói nossa identidade cultural, como lendas passadas de geração em geração e costumes regionais de uma cidade. Dos bois Caprichoso e Garantido do Festival de Parintins ao Saci-pererê “nascido” na região das Missões, no Sul do país, o Brasil é repleto de histórias e memórias que mexem com a imaginação e perpetuam o folclore brasileiro ao longo dos anos.
Pião, amarelinha e pega-pega são algumas das brincadeiras populares mais conhecidas que fazem parte das nossas tradições. Mas que tal trazer Sacis, Iaras e Boitatás para o ato de brincar? Confira abaixo cinco brincadeiras inspiradas em personagens folclóricos para divertir os pequenos.
Iara, do indígena “Iuara”, significa “aquela que mora nas águas”. Uma das lendas mais famosas do Brasil, Iara é uma sereia (metade mulher, metade peixe) que mora no rio Amazonas e protege todas as formas de vida aquática.
Essa brincadeira é voltada a crianças a partir de quatro anos. Coloque a música Sereia para as crianças se habituarem com o ritmo da canção. Celi Redondo, pedagoga e educadora musical, oferece algumas sugestões para acompanhar o andamento da cantiga:
Entre várias versões da lenda, o Saci é um ser elemental das florestas, protetor das ervas e plantas medicinais. Geralmente retratado como um menino negro e travesso, sua principal característica é não ter uma das pernas. Além disso, utiliza um gorrinho vermelho, onde guarda todos os seus poderes mágicos.
“Corre Saci” é uma adaptação da famosa brincadeira “Corre Cutia”. As crianças formam uma roda e sentam no chão. A criança que estiver do lado de fora da roda será o Saci, que segura uma carapuça – a sugestão é utilizar um gorro vermelho para simular o visual conhecido do Saci. Sentados, devem abaixar a cabeça, fechar os olhos e cantar:
Todos: Corre, saci. Não pode cair / Corre veloz, com uma perna só / Carapuça na mão / Caiu no chão / Menino esperto / Do meu coração.
Saci: Pode jogar?
Todos: Pode!
A criança fora da roda deve colocar a carapuça atrás de uma das crianças na roda. Quando a canção termina, a criança com a carapuça deve pegar o Saci. O lugar vazio da criança selecionada com a carapuça será o pique. A brincadeira termina após todos serem o Saci.
Do tupi “mboi” (serpente) e “tata” (fogo), surge a lenda do Boitatá: uma imensa serpente de fogo que protege as florestas de queimadas e de invasores. Com um poder capaz de cegar e enlouquecer quem olha diretamente para os olhos da serpente, o boitatá tem várias versões ao redor do norte e nordeste brasileiro.
Com bobinas pequenas de papelão (de papel higiênico ou de papel toalha cortadas pela metade), podemos ter um boitatá em miniatura. Utilize um furador próximo às extremidades da bobina e as ligue com barbante colorido. A criatividade é sua maior aliada para decorar as bobinas – vale tintas, fitas coloridas, giz de cera, entre outros materiais. Ah, e não esqueça de reservar uma bobina para fazer a cabeça do boitatá!
‘Caça ao saci’: aprenda a brincadeira mais famosa do Dia do Saci
Com uma peneira, três grãos de feijão (ou um punhado de fubá), uma garrafa com rolha e 50 cm de conduíte para atrair (esse é opcional), temos os materiais perfeitos para realizar uma caça ao Saci. Para aprender o passo a passo para capturar um Saci com as crianças, é só dar uma conferida aqui.
A figura do boi é uma das mais populares no Brasil quando o assunto é folclore, passando pelo Bumba meu boi no Maranhão e chegando até o Boi-de-mamão de Santa Catarina. A história de um boi que, na versão mais conhecida da lenda, foi ressuscitado por um curandeiro, transita entre gerações e encanta diversos públicos durante os vários festejos teatrais que ocorrem ao redor do país.
Para simular em casa essa experiência com miniaturas de boi-bumbá, siga o passo a passo:
Eu morava na areia, Sereia
Mudei para o sertão, Sereia
Aprendi a namorar, Sereia
Com um aperto de mão, oh Sereia
As estrelas no céu correm, Sereia
Eu também quero correr, Sereia
Elas corre atrás da noite Sereia
Eu atrás do bem querer, oh Sereia
Cajueiro pequenino, Sereia
Carregadinho de flor, Sereia
Eu também sou pequenina, Sereia
Carregadinha de amor, oh Sereia
Fui na fonte beber água, Sereia
Na secura água beber, Sereia
Só pra ver as bigodinhas, Sereia
Na veia da água correr, oh Sereia
E você dona Rosane, Sereia
Que tá firme na janela, Sereia
Aquela linda mocinha, Sereia
E ninguém põe a mão nela, oh Sereia