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Maria Lacerda de Moura foi uma professora, escritora, anarquista e feminista brasileira. Foi antimilitarista, antifascista, anticlerical e pacifista. Escreveu sobre condição feminina, amor livre, direito ao prazer sexual, divórcio, maternidade consciente e prostituição.
Maria Lacerda foi crítica do feminismo à sua época por considerar que havia assumido um caráter excludente e burguês:
“A palavra ‘feminismo’, de significação elástica, deturpada, corrompida, mal interpretada, já não diz nada das reivindicações feministas. Resvalou para o ridículo, numa concepção vaga, adaptada incondicionalmente a tudo quanto se refere à mulher. Em qualquer gazela, a cada passo, vemos a expressão ‘vitórias do feminismo’ – referente, às vezes, a uma simples questão de modas”, elaborou, em 1928.
Maria Lacerda de Moura escreveu para jornais operários, foi autora de vários livros e é considerada precursora da luta das mulheres no Brasil, muito à frente de seu tempo, pautou temas que foram retomados por feministas nos anos 1960.
“Não será com algumas mulheres no poder que esqueceremos as milhares escravizadas na cozinha, no tanque e na cama. A mulher operária é ainda mais sacrificada. Escrava do homem, escrava social e serva da burguesia.”
Maria Lacerda de Moura
