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Seis minas que fazem jornalismo em quadrinhos no Brasil - Mulheres na Comunicação

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Seis minas que fazem jornalismo em quadrinhos no Brasil

Via: Revista Badaro

 

O jornalismo em quadrinhos (conhecido como JQ ou JHQ) é uma linguagem que tem adquirido ascensão no campo midiático. Frequentemente lembrado pelas obras do maltês Joe Sacco, como Palestina e Sarajevo; juntamente aos títulos do sueco Art Spiegelman, como Maus, o JHQ também é um espaço com muitas produções de mulheres.

Internacionalmente, o livro autobiográfico Persépolis, da iraniana Marjane Satrapi, costuma ser considerado por acadêmicos e pela mídia especializada como um trabalho de JHQ. Outras jornalistas-quadrinistas que exploram o formato são Kate Evans, autora de Refugiados: A Última Fronteira e de Rosa Vermelha; e Sarah Glidden, que escreveu e desenhou Rolling Blackouts – ainda sem tradução em português.

No Brasil, não só existem minas que produzem JHQ, como elas também representam uma parcela bastante considerável da criação deste tipo de mídia em âmbito nacional. Para comemorar o Dia Mundial dos e das Desenhistas, a Badaró entrevistou as repórteres-quadrinistas que trabalham com este formato. Confira os depoimentos delas sobre quadrinhos, jornalismo, suas referências e inspirações, assim como a problemática do machismo.

Repórter do Aos Fatos; colorista; coautora do livro-reportagem Socorro! Polícia!

Comecei a desenhar quando era bem nova, por volta dos 10 anos. Acabei me envolvendo com quadrinhos mesmo, no entanto, só na faculdade, durante uma aula de redação que explorava formas alternativas de reportagem. Acabei conhecendo aí os livros do Joe Sacco e percebi que queria fazer um trabalho de conclusão de curso (TCC) em quadrinhos. Como fazia tempo que não desenhava, combinei com o Luiz Fernando Menezes, meu namorado e colega de faculdade, que faríamos um trabalho em dupla. No fim, roteirizamos juntos, ele desenhou e eu fiz a colorização. O resultado foi o [livro] Socorro! Polícia!.

O meu primeiro contato foi na aula de Redação VII durante a faculdade, quando passamos um semestre estudando outras narrativas possíveis no jornalismo. Conheci aí o trabalho do Joe Sacco e a narrativa documental e autobiográfica da Marjane Satrapi. Li várias obras dos dois e decidi fazer uma reportagem em quadrinhos como trabalho final da disciplina. Como estava próxima do TCC, decidi me arriscar e tentar um projeto do tipo, mas tentando ir um pouco além da narrativa do Sacco e brincar mais com essa linguagem. A partir daí, não parei: entrei em um programa de mestrado com um projeto sobre quadrinhos e pretendo continuar no doutorado. Também planejamos – eu e o Luiz – fazer um próximo livro quando a vida deixar (risos).

Sobre mulheres jornalistas e quadrinistas, acho que existem centenas de referências legais, mas vou citar só algumas (risos). De estrangeiras, tem a Yuko Ota, de Lucky Penny, a Jen Wang, de Koko Be Good, a Jillian e a Mariko Tamaki, de This One Summer. No mercado nacional, temos a Bianca Pinheiro e a Cris Petter, que é uma colorista excepcional. Na área acadêmica, temos a Sônia Luyten no Brasil e Barbara Postema e Hillary Chute no exterior. No jornalismo, a Fernanda Mena, a Patricia Campos Mello e a Renata Lo Prete são alguns exemplos.

Acho que os quadrinhos, de maneira similar a muitas outras áreas, têm espaços ocupados majoritariamente por homens, sim. Não estou me baseando em um estudo ou dado concreto, claro, apenas na minha percepção. Isso, no entanto, me parece plausível se considerarmos a disparidade de títulos masculinos e femininos, ou a presença e participação em eventos. Mas eu não diria que isso me desencorajou em algum momento, ao contrário: acaba ficando mais aparente que é preciso que as mulheres produzam e mostrem seu trabalho para garantir o próprio espaço – mesmo que seja ridiculamente difícil.

Eu nunca passei por nenhum tipo de situação que mostrasse explicitamente o machismo na área e acho delicado falar sobre outras mulheres. É claro que a indústria é majoritariamente masculina e que as mulheres têm pouco espaço, então acho que isso já me parece uma desvantagem de cara. Mas espero que as coisas comecem a mudar agora que temos mais representantes com trabalhos excelentes no mercado.

 

Jornalista e ilustradora, Carol Ito, segura obra

Repórter da revista Trip; autora do livro-reportagem Estilhaço – Uma Jornada ao Vale do Jequitinhonha; criadora do blog Salsicha em Conserva

Eu fui leitora de quadrinhos na infância e adolescência, mais com leitura de mangá que era a febre nos anos 90. Fora esse contato, eu acabei, na vida adulta, me afastando do mangá. No terceiro ano da faculdade acabei me aproximando das graphic novels. Conheci Marjane Sartrapi, David B, Art Spiegelman e fui me adentrando nesse universo. Aí eu comecei a me familiarizar com essa linguagem e criei o meu próprio blog em 2014, o Salsicha em Conserva, para publicar os cartoons e tirinhas que eu fazia.

Nessa época de criação do blog, eu já tinha lido Joe Sacco e fiquei encantada. Eu vi que poderia juntar as duas coisas que curto fazer, que no caso são jornalismo e quadrinhos. Aí eu já comecei a planejar um livro-reportagem em quadrinhos como TCC – no caso eu sou formada em Jornalismo pela Unesp de Bauru. A partir do Joe Sacco, comecei a me aprofundar em outras obras e autores, como o Alexandre De Maio, e foi muito inspirador poder ver que um artista brasileiro fazia esse tipo de trabalho e tinha espaço no mercado. Ele tinha publicações em veículos importantes, como na revista Fórum. Então foi importante ver que já existia essa pessoa no mercado e isso foi bem inspirador.

Então fiz o meu trabalho de conclusão de curso em quadrinhos, que foi intitulado Estilhaço – Uma Jornada ao Vale de Jequitinhonha. Nele eu narro uma viagem de 10 dias que fiz por essa região conhecida pela pobreza e pela seca. Esse livro foi o meu primeiro trabalho grande de jornalismo em quadrinhos. Eu já tinha feito um freelance para a Caros Amigos, mas o livro foi primeiro trabalho feito somente por mim.

Falando especificamente sobre jornalismo em quadrinhos, no começo era bem frustrante não encontrar mulheres. E eu sempre perguntava para outros artistas, para a galera do meio, se conheciam alguma, mesmo que fosse estrangeira. Na época, isso me desmotivou a fazer um mestrado sobre o tema, porque quando eu pensava em um projeto de pesquisa, vi que só iria trabalhar com autores homens e isso me deixou desanimada. Eu conheci há pouco tempo mulheres artistas que fazem esse tipo de trabalho. Agora temos algumas brasileiras que estão surgindo, como a Helô D’Angelo, a Cecília Marins e a Gabriela Güllich.

Eu acho que o jornalismo em quadrinhos está crescendo lentamente. Nos grandes meios de comunicação você ainda tem que convencer de que se trata de um material sério, que traz reflexão e informação, além de mostrar inovação. Então ainda é uma coisa difícil de entrar nas mídias e veículos tradicionais, porque mostra-se como algo subjetivo.

Mas é interessante pensar que nós, quadrinistas que fazemos material jornalístico, nos reunimos e tentamos nos conhecer nos eventos. A primeira mesa de evento em que eu participei com igualdade de gênero, foi sobre jornalismo em quadrinhos, na qual participamos eu, o De Maio, o Andrício de Souza e a Helô D’Angelo. E foi algo legal, porque foi a primeira vez em que eu sentei em uma mesa de evento e tinha igualdade no número de integrantes.

 

Repórter e ilustradora freelancer; autora do livro-reportagem Parque das Luzes 

Eu sempre desenhei bastante, acho que isso é uma coisa comum em vários artistas. Uma coisa que eu sempre gostei de fazer foram histórias em quadrinhos para estudar o que eu aprendia na escola. Além disso, contava uns sonhos bem vívidos que eu tinha. No final de 2018, me formei em Jornalismo pela Cásper Líbero.

Na época do meu TCC, estava muito em voga a discussão sobre a regulamentação da prostituição. Essa discussão é uma coisa que vem e vai, não acho que seja uma coisa sazonal. Até porque as mulheres em situação de prostituição sempre estiveram aqui. As prostitutas sempre foram muito estigmatizadas no imaginário coletivo.

Na saída onde eu moro, que é de São Caetano para Santo André, é comum ver na Avenida Industrial vários motéis e lá ficavam muitas prostitutas na rua. Como sempre via e ouvia comentários diferentes, eu pensei: “cara, porque eu não faço uma reportagem sobre isso?”. Eu queria ver uma reportagem que não precisasse filmar essas mulheres ou expondo os rostos. Eu queria entender elas, conversar com uma normalidade.

Aí esse foi o meu primeiro quadrinho. Como estudava na mesma faculdade da Helô D’Angelo, eu fui à banca de TCC dela e conheci a HQ muito bonita que ela tinha feito, chamada Quatro Marias. Eu lembro que na época eu surtei, porque eu sabia que ela desenhava, mas ela tinha feito o TCC em quadrinhos. Eu sempre gostei de quadrinhos, mas nunca tinha parado para pensar que dava para fazer jornalismo assim. A primeira HQ independente que eu tinha lido foi Garota Siririca, da Lovelove6, mas também tinha ganhado de presente o Persépolis. Depois que conversei com a Helô e pedi referências, ela me apresentou a Carol Ito e o Alexandre De Maio. Com tudo isso, eu pirei e minha percepção sobre os quadrinhos ampliou.

Eu acho que a desvantagem número um é a falta de percepção de que há uma possibilidade. Não é pensar que existe um espacinho reservado lá para mim, mas pensar que é possível de fazer esse tipo de material. Foi isso que eu percebi assim que eu terminei o meu quadrinho. Para publicá-lo, foi um processo de dois anos, porque na época eu trabalhava com outra coisa e fui deixando esse sonho de lado. Então, reaprender que é possível fazer jornalismo em quadrinhos é algo que acontece todas as vezes em que faço um projeto.

A ilustradora Gabriela Gullich em frente à página de uma de suas obras,

Repórter e ilustradora freelancer; autora da reportagem Filhas do Campo e coautora do livro-reportagem São Francisco

Faço aulas de desenho desde criança, fui passando por várias técnicas até ser apresentada aos quadrinhos por um antigo professor. Comecei a estudar reproduzindo umas páginas de Batman e, a partir disso, fui pesquisando novas referências e encontrando o estilo que mais me agradava. Me graduei em Jornalismo pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e, no início da graduação, paguei uma disciplina de Pesquisa Aplicada à Comunicação.

Precisávamos elaborar um artigo acadêmico e decidi pesquisar se havia a possibilidade de juntar jornalismo com ilustração. Foi assim que descobri o trabalho de Joe Sacco e a biografia de Marjane Satrapi, depois fui descobrindo trabalhos de brasileiros nessa área, como a Carol Ito e o Alexandre De Maio. Passei então a focar minha pesquisa acadêmica na área de jornalismo em quadrinhos e narrativas ilustradas e, depois de alguns artigos publicados, elaborei meu TCC também nessa linha de pesquisa produzindo a HQ-reportagem Filhas do Campo: um retrato em quadrinhos de agricultoras assentadas na Paraíba.

A falta de mulheres quadrinistas nunca chegou a me desencorajar, mas acredito que teria sido de grande ajuda encontrar autoras relacionadas à minha área com mais facilidade. É um pouco desgastante procurar referências e encontrar apenas nomes já conhecidos, como se não houvesse qualquer outra produção além daquela já estabelecida. Acredito que o problema não esteja no jornalismo em quadrinhos em si, e sim em toda uma estrutura maior.

Até hoje, é muito raro encontrar mulheres em mesas de debate que falem sobre aspectos de trabalho e não só sobre aspectos de gênero. Existe um limite de espaço de fala durante o mês de março devido ao dia da mulher e, durante o resto do ano, sobram apenas alguns poucos encontros nos quais as mulheres podem realmente falar sobre suas produções. E isso se repete com artistas negros ou LBGT. Ainda é preciso mudar muitas coisas para termos uma diversidade abrangente, tanto nos quadrinhos, quanto no mercado de trabalho no geral.

Imagem mostra a artista Helô D'Ângelo.

Repórter e ilustradora freelancer; coautora da reportagem “Quatro Marias”; autora do livro “Dora e a Gata”

Eu comecei a fazer quadrinhos entre os 13 e 14 anos, período em que comecei a ler HQ. Eu lembro que na escola, meu professor de Literatura passou um quadrinho para a gente ler. Até então, eu achava que HQ era só Turma da Mônica e histórias de super-heróis, mas ele passou Retalhos, de Craig Thompson, que é basicamente um romance em quadrinhos.

Então eu fiquei muito chocada com a possibilidade de fazer literatura com quadrinhos. A partir disso eu comecei a fazer aula de desenho com outro professor, que também era quadrinista. Ele me passou várias referências legais, como Persépolis da Marjane Sartrapi. Aí comecei a fazer os meus, só que mais para mim mesma, porque achava que isso não tinha futuro.

Já na faculdade, quando estudei Jornalismo na Cásper Líbero, comecei a fazer mais tirinhas. Logo no primeiro do ano do curso, comecei a entender que eu não gostava tanto assim de jornalismo, mas pesquisei formas de fazer um tipo de jornalismo de que eu gostasse – que tivesse a ver com desenho e imagens. Lá na Cásper tinha uma biblioteca muito bacana e uma boa parte dela era de quadrinhos. Foi nesse espaço que conheci o Joe Sacco, talvez o maior exemplo de jornalismo em quadrinhos no mundo; e ele escreve muito sobre Oriente Médio e conflitos na Faixa de Gaza.

Com isso, eu entendi que eu poderia além da literatura a partir dos quadrinhos, que também era possível fazer reportagens. Então comecei a fazer vários trabalhos possíveis em quadrinhos. Também fiz o meu TCC, chamado Quatro Marias, que se trata de uma grande-reportagem em quadrinhos sobre o aborto no Brasil. A obra traz quatro perfis anônimos de mulheres que abortaram. Depois disso, comecei a trabalhar como freelancer. Hoje eu não trabalho tanto com jornalismo quanto gostaria, porque ainda existe um estigma grande em relação ao formato.

Não acho que tenha uma falta de referência femininas no cenário artístico. Muito pelo contrário, acho que tem muita mulher fazendo quadrinhos e arte. O que eu senti foi o contrário, foi uma grande presença de mulheres que me inspiraram a entrar nessa área. Aqui no Brasil mesmo, a gente tem um monte. Eu me inspiro muito na americana Alison Bechdel, na iraniana Marjane Sartrapi; e aqui no Brasil, além da Laerte que é a primeira que vem em nossas mentes, me inspiro muito também na Lovelove6, na Fefê Torquato, na Cynthia B, na Verônica Berta, na Lila Cruz, ou seja, muitas mulheres.

Então acho que elas que me fizeram entrar mais e ver que isso é possível. Agora o que acho que tem é uma desvantagem de não conseguir os mesmo espaços de publicação que os homens, ou as mulheres só poderem estar presentes em espaços dedicados a elas. Então toda vez que tem um bate papo sobre ser mulher nos quadrinhos, mulheres finalmente são chamadas, mas é difícil sermos chamadas para grandes coletâneas. Agora eu sinto que isso está mudando, mas muito pelo trabalho das próprias mulheres. Eu me sinto mais desencorajada por essa falta de lugares para estar, como se fosse proibido haver mulher em vários lugares que são importantes para o meio dos quadrinhos, mas isso está mudando.

Essa desvantagem tem muito a ver com o que as pessoas classificam como “arte feminina”. As pessoas estranham muito quando mulheres produzem quadrinhos de terror, eróticos, políticos. Estranham porque foge do que elas esperam, porque o se espera que a gente aborde? Questões sentimentais, romance, fofura. Não que seja ruim, mas não gostaria de ficar restrita a isso.

Acho que o empecilho é esse, as pessoas esperarem um determinado conteúdo e até mesmo um traço do meu trabalho por eu ser mulher. Isso é muito engraçado, porque as pessoas veem o meu nome assinado como Helô D’Angelo, acho que as pessoas não leem direito e já assumem que eu sou um homem. Aí vêm me elogiar e criticar como se eu fosse um cara; e sempre faço questão de avisar que sou mulher. Existe essa desvantagem, sempre haver uma coisa que as pessoas esperam.

 

Marina Duarte

Repórter e produtora-executiva da Revista Badaró; ilustradora freelancer

Eu sou iniciante no JHQ. Sempre fiz quadrinho, papo de desde criança. Sempre me interessei pelo universo, consumia HQ brasileira, estadunidense, japonesa, desde novinha. Era viciadíssima. Então tenho lembrança de, desde os 8 ou 9 anos, fazer meus gibis, tirinhas, piras assim.

Meio foda falar de influências, mas tenho muita admiração pelo trampo da Laerte e do Quino. Várias ilustradoras fodas, como a Ju Garcez, daqui de Campo Grande mesmo, artistas fodas, como a Letícia Maidana – coincidentemente minha irmã. Acho que toda forma de arte desenvolvida por uma mulher já merece uma atenção especial. No desenho, por mais que veja cada vez mais minas presentes e crescendo na cena, percebo que tem que correr por mil. No universo das HQs, seja nas convenções, nas mostras, nos espaços geeks ou até no JHQ mesmo, vejo que a recepção às mulheres é desconfiada e cheia de subjugação, como se estivéssemos ocupando um espaço que não é nosso. Sinto uma cobrança interna absurda por conta desse e de outros fatores.

A superprodução que vejo em vários homens – e até minas –, que me é impossibilitada por conta da realidade que a maternidade me proporciona, é outro desses fatores. Mulheres mães – e trabalhadoras – não conseguem ter o mesmo nível de produção, divulgação, alcance/interesse do público que outros artistas. Então se for levar em consideração que o peso nunca será o mesmo para um homem ilustrador, já morre aí a questão.

As desvantagens são várias já socialmente, e dentro de um nicho tão específico – e dominado por homens – só se faz maior. Demorei a conseguir até publicar qualquer produção minha, me questionando se alguém ia querer consumir o que produzo. Uma coisa curiosa: nunca fiz um trabalho com nenhum homem que não fosse na revista. Meu trampo como ilustradora nunca interessou nenhum homem que me procurasse para pagar pelo serviço. Só fui contratada e sondada por mulheres, durante todo tempo em que trabalho profissionalmente com ilustração. É ‘nós por nós’.

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